segunda-feira, 21 de março de 2011

Aqui está, porque ontem fiquei deveras triste, revoltada...não com vocês queridas...mas com os Direitos Humanos?!

 

Mês de Março se comemora o Dia Internacional da Mulher, e vemos entre outros tantos absurdos que ainda são cometidos contra a Mulher, esses é é dos piores...não gosto muito de me envolver em questões que o Governo e nós da sociedade mundial podemos fazer...mas fica aquele nó na garganta, quando os direitos humanos respondem a questões como essa "faz parte da cultura de um povo", minhas irmãs é Tolerância Zero mesmo. Esta reportagem tirei do site da Associação dos Portadores de Necessidades Especiais, do qual me tornei seguidora por ter um filho Deficiente Fisico.

Tolerância zero à mutilação genital feminina

Por Leonardo Boff



A globalização como etapa nova da humanidade e da própria Terra, colocou não apenas as pessoas e os povos em contacto uns com os outros. Propagou também mundo afora seus vírus e bactérias, suas plantas e frutas, suas culinárias e modas, suas visões de mundo e religiões inclusive seus valores e anti-valores. É da natureza humana e da história, não como defeito mas como marca evolucionária, o fato de sermos sapientes e dementes e que, por isso, surgirmos como seres contraditórios. Por isso, junto com as dimensões luminosas que mostram o lado melhor do ser humano, por onde nos enriquecemos mutuamente, comparecem também as dimensões sombrias, tradições seculares que penalizam porções enormes da população. Por isso, devemos ser críticos uns aos outros, para identificar práticas desumanas que não são mais toleráveis.

Nós ocidentais, por exemplo, somos individualistas e dualistas, tão centrados em nossa identidade a ponto de termos grande dificuldade em aceitar os diferentes de nós. Tendemos a tratar os diferentes como inferiores. Isso fornece a base ideológica ao nosso espírito colonialista e imperialista, impondo a todo mundo os nossos valores e visão de mundo.

Semelhantes limitações encontramos em todas as culturas. Mas há limitações e limitações. Algumas delas violam todos os parâmetros da decência e basta o simples senso comum, para torná-las inaceitáveis. Elas parecem-se antes a violações e a crimes que tradições culturais, por mais ancestrais que se apresentem. E não adianta virem antropólogos e sociólogos da cultura saírem a campo defendendo-as em nome do respeito às diferenças. O que é cruel é cruel em qualquer cultura e em qualquer parte do mundo. A crueldade, por desumana, não tem direito de existir.

Refiro-me especificamente à mutilação genital feminina. Ela é praticada secularmente em 28 países da África, no Oriente Médio e no Sudeste da Ásia e em vários países europeus onde há a imigração destes países. Calcula-se que atualmente existam no mundo entre 115-130 milhões de mulheres genitalmente mutiladas. Outras três milhões são anualmente ainda submetidas a tais horrores, incluindo 500 mil na Europa.

De que se trata? Trata-se da remoção do clitóris e dos lábios vaginais e até, em alguns locais, da suturação dos dois lados da vulva em meninas com a idade entre 4-14 anos. Isso é feito sem qualquer preocupação higiênica com tesouras, facas, navalhas, agulhas e até pedaços afiados de vidro. São inimagináveis os gritos de dor e de horror, as hemorragias e as infecções que podem levar à morte, os choques emocionais e padecimentos sem conta, como podem ser comprovados em alguns youtubes da internet que não aconselho a ninguém ver.

Na Europa tais práticas são criminalizadas. As mães levam então as filhas aos países de origem, a pretexto de conhecerem os parentes. E ai são surpreendidas com tal horror que mais que uma prática cultural é uma agressão e grave violação dos direitos humanos. Por detrás funciona o mais primitivo machismo que visa impedir que a mulher tenha acesso ao prazer sexual transformando-a em objeto para o prazer exclusivo do homem. Não sem razão a Organização Mundial da Saúde denunciou tal prática como tortura inaceitável.

Vejo duas razões que desqualificam certas tradições culturais e que nos levam a combatê-las. A primeira é o sofrimento do outro. Lá onde a diferença cultural implica desumanização e mutilação do outro, ai ela encontra seu limite e deve ser coibida. Ninguém tem direito de impor sofrimento injustificado ao outro. A segunda razão é a Carta dos Direitos Humanos da ONU de 1948 subscrita por todos os Estados. Todas as tradições culturais devem se confrontar com aqueles preceitos. Práticas que comportam violação da dignidade humana devem ser proibidas e até criminalizadas. A lei suprema é tratar humanamente os seres humanos. Na mutilação genital temos a ver com uma convenção social desumana e nefasta. Dai se entende a instauração do dia 6 de fevereiro como o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.

Em cada 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é o momento de nos solidarizarmos com estas meninas, vitimas de uma tradição cultural feroz e inimiga da vida e do prazer.

Leonardo Boff é teólogo

APNEN, colaborando na divulgação desta matéria: 20/03/2011

Fonte: http://socialismo.org.br/portal/questoes-de-genero/161-artigo/1922-tolerancia-zero-a-mutilacao-genital-feminina - 15/03/2011
História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na
Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).


Objetivo da Data


Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

 
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e
legislativo.


Marcos das Conquistas das Mulheres na História
 
1788 - o político e
filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.


1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos
Estados Unidos.


1859 - surge na
Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres. 


1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.


1865 - na
Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.


1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas


1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres


1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de
Medicina.


1874 - criada no
Japão a primeira escola normal para moças


1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina


1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres


HOMENAGEM ÀS MULHERES

Sempre guerreira, mãe, amante e amiga.

Ela é a dona da casa, profissional, intuitiva.
Vê sem que a mostrem, escuta longe e sente perto. 
Cuidas das suas crias, de seus amores e suas dores.
Sofre calada, ri quando está triste, só para não preocupar os outros..
Dá comida, abrigo, conselhos, dá a roupa do corpo se preciso for.
Ela é nosso socorro, nosso porto seguro, nosso norte.
Ela é a muralha e a flor. 
A vida e a morte. 
A mão que bate, afaga e constrói.
Ela é o amor incondicional, a ausência que dói. 
Porque ela faz melhor, ela faz mágica, se divide em mil.
E tudo sai perfeito, na hora certa, porque ela é surpreendente.
Ela corre, batalha, cansa e sai linda do banho.
Ela tem uma força só dela, única, um poder escondido. 
Ela têm muitas dentro dela... 
Ela sempre tem a palavra certa, ela sempre dá um colo ás amigas, ao filho, ao seu amor, ao seu cachorro... ela carrega o mundo!
Ela é amorosa, solidária, uma Deusa aqui na terra.
E ela é isso diariamente. 
Mesmo frágil, muitas vezes com medo Ela têm dúvidas e inseguranças 
Mas ela arrisca e ousa, ela vai em busca E ela sempre alcança.
Porque ela é sempre ela 
Ela é sempre grande Sempre Mulher.

Se formos falar...vamos longe...é isso amigas, beijocas!

Um comentário:

  1. Oi querida concordo com vc embora tive que ler um pouco corrido por que aqui está chovendo, e preciso desligar o pc, mas vou voltar com calma a respeito das mutilação eu sempre achei um horror sem palavras e por ai afora como disse tem muito pra falar bjsssssssssssssssss Leila

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