Todo o paradigma das religiões alcança o seu apice no amor. Ele permeia as elucubrações e rasga as entranhas da mente dos filósofos, construindo as perspectivas de um ser humano feliz. Amar, doar-se, empregar abnegação para beneficiar, com a própria vida e na utilizaçao dos próprios talentos, a humanidade, são expressões poderosas do grande objetivo que nos sustenta no universo. Estamos aqui para sermos úteis e, em consequencia, sermos felizes.
Mas, em geral, todos nós sabemos isso e comentamos a respeito da Lei de amor. O que eu gostaria de abordar no entanto, é a virtude de saber deixar-se amar. Essa é, tambem, uma qualidade intrínseca de quem se dispõe a amar. Creio que, quem ama, mais facilmente compreende os gestos e o cuidado de um outro ser para consigo. Se eu desprezo alguem que me tem consideração e respeito, devo, então, questionar meus valores, minha capacidade de externar o amor que encontra-se em meu interior.
A generosidade para com quem nos devota carinho, afeto, é próprio de um coração adestrado, amadurecido na arte de amar. Observemos como as grandes almas que passaram na Terra eram acolhedoras para com aqueles corações que lhes devotavam carinho...!
A largueza do coração que se dspõe a amar contempla o deixar-se amar. Uma coisa está umbilicalmente atada `a outra. Quem não sabe deixar-se acolher na intimidade de um outro coração não entenderá, adequadamente, a dinâmica do amar pois esta implica em ser acolhedor.
Ao ouvir a frase EU TE AMO, devemos nos sentir gratificados e honrados por quem nos entrega tal "caixa de jóias". E retribuir a onda de afeto com mais afeto e respeito. Deixar-se amar faz parte da prática do amor. Simples assim. E que oferta à humanidade vasto cabedal de paz e entendimento.
Postado no Blog de Frederico Menezes